Todo brasileiro minimamente consciente sabe que é obrigado a pagar uma grande parte daquilo que produz ao governo, em forma de imposto.
Mas será que todos sabem quanto? E de que forma?
Este texto tem o objetivo de mostrar os percentuais, através de um exemplo.
Então vamos lá. Apertem os cintos, e se preparem para este verdadeiro circo dos horrores com o dinheiro que você tanto se esforçou para ganhar.
Imagine que você é assalariado, e ganha o salário bruto de R$ 4.000
De início, é importante entender que a empresa onde você trabalha gastará muito mais que esse valor para ter você como funcionário.
Além do seu salário, a empresa tem que assumir uma série de encargos e contribuições, proporcionais ao seu salário, como o INSS, FGTS, RAT, SENAI/SENAC, INCRA (isso mesmo, INCRA), entre outros.
O valor exato dessas contribuições varia de acordo com a forma de tributação da empresa, mas em termos médios, considera-se que para um salário-base de R$ 4.000, a empresa irá gastar mais R$ 1.800 com esses encargos.
Isso significa que você custa para a empresa R$ 5.800.
Se o seu trabalho não gerar no mínimo esse valor para a empresa, certamente o desemprego estará batendo à sua porta.
Então você recebe o contracheque no valor de R$ 4.000.
Aqui se iniciam mais descontos: imposto de renda, INSS e contribuição sindical obrigatória.
Existem variações, mas para um salário bruto de R$ 4.000, pode-se considerar como valor médio de R$ 800. Já estão consideradas todas as deduções no imposto de renda.
Restam agora R$ 3.200 na sua mão.
Bom, imagina-se que pelo menos esses R$ 3.200 são só seus, certo?
Não é bem assim. No Brasil, todos os produtos e serviços tem impostos embutidos no preço.
Alguns produtos possuem carga tributária de 50 até 80%. Entre eles a gasolina, energia elétrica, importados, bebidas alcoólicas.
Considerando uma média, considera-se que cerca de 30% do valor dos produtos são impostos embutidos.
Portanto, imaginando que você gastou os seus R$ 3.200 para sustentar a sua família (pagar as contas do mercado, luz, água, transporte, remédios,...), você comprou produtos e serviços no valor de apenas R$ 2.240. O testante, novamente, vai para o governo.
E ainda temos os impostos sobre o patrimônio, que não iremos considerar neste texto.
Se apesar do governo, você conseguiu ter um carro ou uma casa própria, tome mais impostos aí.
Finalmente, fazendo as contas, chegam-se aos números:
De toda a riqueza que você produziu (R$ 5.800), apenas R$ 2.240 (ou seja, apenas 38%) foram em seu benefício.
Os outros 62%, foram para o Estado.
O que o Estado faz com o seu dinheiro? As notícias de corrupção e gestão ineficiente estão por toda parte, basta olhar.
Nós defendemos que você seja o único beneficiário da riqueza que você produz!
Resumo no quadro abaixo:
Riqueza que você produz
|
R$ 5.800
|
100%
|
Impostos / Contribuições pagos pela empresa
|
R$ 1.800
|
31%
|
Impostos / Contribuições retidos na fonte
|
R$ 800
|
14%
|
Impostos pagos nos produtos / serviços
|
R$ 960
|
17%
|
Riqueza que você recebe
|
R$ 2.240
|
38%
|
Fontes:

Nenhum comentário:
Postar um comentário